20. A PROFECIA DOS HERDEIROS
CAPÍTULO VINTE
❛ a profecia dos herdeiros ❜
— VOCÊ TEM SORTE que o feitiço não foi usado em seu poder total. — disse Madame Pomfrey, tratando de seus ferimentos. Foi um dia depois da Batalha no Departamento de Mistérios, e as lágrimas de Fawkes a salvaram da beira da morte. Ela acordou na noite anterior com a Ordem, Harry, Ron, Hermione e Dumbledore a cercando, mas foi colocada para dormir novamente por Madame Pomfrey. Fudge finalmente aceitou o retorno de Voldemort, removeu Umbridge de Hogwarts com a ajuda de Pirraça expulsando-a do terreno e reintegrou Hagrid como professor de Trato das Criaturas Mágicas de Hogwarts.
— O que você quer dizer? — perguntou Deanna confusa.
— Quem usou o Feitiço das Trevas pareceu controlar seus efeitos para diminuir o impacto. — disse Madame Pomfrey. — Agora, vou deixar você descansar, querida. — Madame Pomfrey deixou Deanna, ponderando sobre o que ela tinha acabado de dizer. Tom não usou o feitiço em toda a sua extensão? Ele nunca quis matá-la... Deanna sorriu levemente. Ela ainda se importava com Tom, e parecia que ele ainda se importava também. Havia esperança. Esperança de que Tom ainda pudesse mudar e ser melhor, mas até que chegasse o momento em que Tom aceitaria a mudança, Deanna continuaria a lutar contra ele e ficaria ao lado de seu pai.
— Perdida em seus pensamentos, pequena fênix? — Deanna levantou a cabeça e sorriu quando seu pai chegou com Pomona e uma Minerva curada ao seu lado.
— Oh, Dee. — disse Pomona, abraçando-a gentilmente. — Você está bem.
— É isso mesmo, Pommy. — disse Deanna alegremente. — Estou sempre bem. — ela sorriu para Minerva, que estava sentada ao lado dela. — Ouvi dizer que você lutou, Min. Estou tão orgulhosa de você.
— Obrigada, Dee. — disse Minerva. — Você me disse para lutar por Hogwarts. Eu não teria deixado que o levassem daquele jeito.
— DEANNA! — a porta se abriu e revelou Hagrid com Sirius, Remus, Tonks, Moody e Kingsley. O meio-gigante correu até Deanna e a envolveu em um abraço apertado.
— Hagrid! — exclamou Minerva. — Coloque-a no chão!
— Ah, certo, desculpe, Dee. — Hagrid a colocou no chão com um sorriso envergonhado.
— Tudo bem, Ruby. — riu Deanna e então sorriu para os membros da Ordem. — Obrigada. Por virem e nos salvarem.
— Eu deveria estar agradecendo a você, Dumbledore Jr. — Sirius sorriu agradecido para ela. — Você salvou minha vida.
— E você salvou nossas peles.
— Sua filha é uma guerreira e tanto. — disse Moody a Dumbledore enquanto Deanna conversava com Sirius, Remus, Tonks e Kingsley, rindo quando Tonks mudou seu rosto para o de um pato. Hagrid, Minerva e Pomona se inclinaram para ouvir Moody. — Ela nos comandava naturalmente. Assim como você, Albus.
— Dee sempre foi a melhor de nós. — disse Pomona, sorrindo para a garota risonha. — Minerva, Rubeus, temos que consertar os resultados do OWL. — os três professores se despedem de Deanna antes de deixar a Ala Hospitalar.
— Ela ouviu a profecia completa? — disse Dumbledore calmamente.
— Não. Eu ouvi as crianças conversando ontem à noite. Elas ouviram apenas a de Potter e apenas parte da de Deanna. Quando você vai contar a ela, Albus?
— Com o tempo, Alastor. — disse Dumbledore severamente. — Ela é jovem demais para saber de seu destino.
— E ela precisa estar pronta. Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado sabe do destino dela. Você sabe que é por isso que ele a colocou em um sono por cinquenta anos.
— Eu sei. E é por isso que quero proteger minha filha ainda mais. — Dumbledore e Moody assistiram Deanna fazer uma piada, o que fez Sirius, Remus, Tonks e Kingsley rirem alto. Os dois líderes da Ordem trocaram olhares. Apenas alguns sabiam sobre o destino que estava planejado para Deanna Dumbledore. Apenas Dumbledore, Moody, Snape e o próprio Voldemort.
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— Então, tenho que revisar esses trabalhos e depois fazer meus exames na semana que vem? — disse Deanna.
— É isso, simZ — disse Pomona. Ela colocou as pilhas de papel na mesa de Deanna, o que fez a garota gemer. Pomona riu dela. — Pare de ser dramática, você... Você sabe que vai passar em todas essas.
— Exceto História da Magia, Herbologia, Astronomia e Cuidado com Criaturas Mágicas?
— É, exceto essas. — as duas amigas riram de novo. Pomona sorriu levemente e bagunçou o cabelo da garota. — Eu já te disse o quanto estou feliz por você ter voltado?
— Talvez, uma ou duas vezes? — Deanna sorriu e riu da expressão exasperada de Pomona. — Estou feliz por ter voltado também, Pommy. Estou feliz por ter conhecido todos vocês novamente. — as duas lufanas sorriram uma para a outra quando a porta se abriu e Dumbledore entrou com Fawkes em seu ombro.
— Vou indo agora. Descansem bem, Dee, Albus. — disse Pomona antes de deixar a ala hospitalar.
— Boa tarde, amor. — disse Dumbledore enquanto se sentava ao lado dela.
— Ei, Pops, Fawkes. — Deanna acariciou a fênix recém-nascida e beijou o topo de sua cabeça. — Você não esperou por mim antes de ter seu Dia da Queima, hein? Mas obrigada. Por me salvar de novo.
— Sinto muito, Deanna. — Dumbledore disse de repente.
— O que você quer dizer, Pops? — perguntou Deanna confusa.
— E-eu demorei muito e coloquei você em perigo de novo. — disse Dumbledore, seu lábio tremendo. — Assim como naquele dia cinquenta anos atrás, eu estava muito atrasado...
— Você não se atrasou, Pops. — Deanna segurou sua mão. — Você chegou bem na hora e me salvou, e eu sabia que você viria. Tudo o que eu tinha que fazer era ganhar tempo. Mas tem uma coisa que eu quero saber. Você sabe como a profecia termina?
Os olhos de Dumbledore se arregalaram, mas ele se recompôs imediatamente. — O que você quer dizer?
— Ouvi dizer que Harry... Ele e Voldemort têm que matar um ao outro.
— Sim, amor.
— E qual é meu papel nisso? Por que eu tenho uma profecia? — Deanna olhou fixamente nos olhos do pai, tentando descobrir o que ele estava pensando, então Dumbledore soltou um suspiro.
— O herdeiro de Sonserina e a herdeira da Fênix... Um amor que estava destinado, mas quebrado por escolhas feitas por amor e sede de poder... Uma conexão que durará até a fênix queimar... Ela é o muro entre o Lorde das Trevas e o Garoto... Entre o Lorde das Trevas e o Garoto, nenhum pode viver enquanto o outro sobrevive... E a garota muda tudo por meio de escolhas que ela fará...
O coração de Deanna começou a bater mais rápido. Era real? Ela realmente tinha uma parte nessa guerra? Ela era o muro entre Harry e Voldemort? Era por isso que ela tinha essa conexão com Voldemort? — Eu vou mudar tudo?
— Sim.
— Por que você não me contou?
— Pela mesma razão pela qual você foi ao Ministério apesar de saber que estava arriscando sua vida. Pela mesma razão pela qual você ainda viu luz em Tom depois que ele se tornou Voldemort. Pela mesma razão pela qual você procurou por Hermione antes de cair na escuridão. Depois de todos esses anos, depois de tudo que você sofreu, eu não queria lhe causar mais dor. Eu me importava demais com você.
Os olhos de Deanna suavizaram e ela estendeu a mão e abraçou seu pai com força. — Eu te amo, Pops, e eu prometo. Nós venceremos esta guerra. Nós traremos a luz.
— Eu sei que iremos, querida. — ele beijou o topo da cabeça dela e rapidamente enxugou as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. — Eu tenho você, e é tudo que eu preciso. — ele limpou a garganta e se levantou, beijando a testa dela. — Eu voltarei, amor, eu só tenho que fazer alguma coisa.
— Okay, Pops. — Deanna acenou para ele e sorriu para Fawkes. — Nós ficaremos bem, Fawkes. Nós sempre ficaremos.
Dumbledore foi apressadamente para seu escritório e sentou-se em sua cadeira. Ele olhou para a foto dele e de Deanna e começou a soluçar profundamente. Era tudo culpa dele, e mesmo agora, ele ainda não disse a verdade para sua filha. Ele não terminou a profecia. Dumbledore sabia que as profecias sempre continham verdade para ele, mas ainda tinha esperança de que poderia mudar a de Deanna.
Quando a batalha começou, Dumbledore estava falando com Gellert Andras Grindelwald. Foi por isso que o patrono de Deanna não conseguiu alcançá-lo, porque o Castelo de Nurmengard era protegido por um Feitiço Fidelius.
— Não há realmente nenhuma esperança, Gellert? — perguntou Dumbledore suplicante.
— Temo que não, Albus. — disse seu antigo amante em um tom sombrio. — Deanna terá que fazer o que deve. Ela é sua única esperança de vencer esta guerra. Harry Potter pode ser aquele que lutará com ele, mas ela será sua salvação. — ele observou Dumbledore chorar com um olhar triste em seus olhos. — O que você pode fazer é protegê-la, Albus. Proteja-a até que você não possa mais.
Dumbledore sorriu entre lágrimas para a foto dele e Deanna. Ele teria que começar a busca agora... Por sua filha, pelo Mundo Mágico, pelo bem maior.
•─────⋅☾ ☽⋅─────•
Deanna deitou-se na cama feliz. Ela teve inúmeras visitas durante o dia. Ernie, Justin, Hannah e Susan visitaram logo depois que seu pai saiu e trouxeram algumas de suas anotações depois de ouvir que ela tinha que fazer seus NOMs. Alguns elfos domésticos também vieram e trouxeram leite com chocolate e cachorros-quentes. Jemina, Eleanor e Noah pararam e conversaram com Deanna. Assim como Luna, Neville e Ginny, e para sua surpresa, Zacharias Smith também veio.
— Não posso mais ser o capitão de Quadribol. — Zacharias murmurou. — E pelo que ouvi, você é uma ótima jogadora. Então aceite.
— Você não pode pedir com jeitinho, seu idiota? — Deanna levantou uma sobrancelha.
Zacharias parecia querer protestar antes de suspirar. — Por favor, seja a capitã de quadribol no ano que vem.
— Tudo bem, combinado. — disse Deanna. Ela estendeu a mão e Zacharias olhou para ela cautelosamente antes de apertá-la. Deanna balançou a cabeça ao pensar nele. Todos os outros mudaram. Ele foi o único que não mudou.
A porta se abriu, e Deanna sorriu largamente quando viu Harry, Ron e Hermione. — Olá, vocês três.
— Deanna, você está bem! — disse Ron, abraçando a garota.
— Eu estou, Ron. — riu Deanna e sorriu para Harry, que a abraçou em seguida. — Obrigada por me salvar, Harry.
— Eu não salvei você. — murmurou o Menino que Sobreviveu.
— Você fez. — disse Deanna firmemente. — Se você não tivesse cuidado do meu ferimento, eu provavelmente estaria morta agora. — Harry sorriu agradecido e se recostou. O rosto de Deanna suavizou quando ela se virou para a bruxa que estava sorrindo de volta para ela. Deanna entendeu agora o que ela estava sentindo. A aceleração do seu coração, o nervosismo repentino, sua voz ficando presa na garganta. Ela tinha sentimentos por Hermione Granger.
— Oi. — disse Deanna sem fôlego. — Eu... — suas bochechas coraram porque Hermione de repente a abraçou forte. Deanna ficou ali congelada e olhou para Harry e Ron, que estavam rindo, antes de abraçar a garota de volta com um sorriso suave. — Estou bem, Mione. Eu não te disse? Eu sempre voltarei para você.
— Isso é uma promessa? — disse Hermione, levantando o mindinho.
— Sem dedos cruzados. — Deanna levantou a mão direita e entrelaçou os mindinhos com Hermione. As duas bruxas sorriram uma para a outra, sem se soltarem. Deanna estava tão imersa nos olhos de Hermione que não viu Harry e Rony comendo seus cachorros-quentes e bebendo seu leite achocolatado.
— Deanna? — Hermione disse, e isso tirou Deanna de seu transe.
— Sim? — Deanna perguntou. Hermione abafou suas risadas e apontou para trás. Deanna olhou para ela confusa antes de se virar. Seus olhos se arregalaram. — Oi! Esses são meus malditos cachorros-quentes com leite. — Harry, Ron e Hermione caíram na gargalhada.
— Nós vamos te dar mais, Dee. — disse Harry, tentando parar de rir, mas sem sucesso. Ele e Ron se apoiaram um no outro enquanto saíam. Deanna fez beicinho para Hermione que tentou controlar suas próprias risadas, mas o beicinho no rosto de Deanna só a fez rir ainda mais.
— É divertido? — disse Deanna, cruzando os braços.
— Você é simplesmente... Adorável! — Hermione sorriu e apertou as bochechas, o que fez o rosto de Deanna suavizar e ela começou a rir com Hermione. A grifinória observou o jeito como Deanna ria, como seus olhos azuis brilhavam de alegria e como seu sorriso se espalhava por todo o rosto, que só a visão disso iluminou o caminho de Hermione imediatamente. Ver Deanna machucada e quebrada daquele jeito também partiu o coração de Hermione. Foi quando ela percebeu que estava apaixonada por Deanna Dumbledore. Perceber seus sentimentos era fácil, contá-los era difícil. Ela poderia saber agora o quanto sentia pela garota, mas não seria capaz de dizer ainda.
Deanna sorriu suavemente e olhou nos olhos de Hermione. Ela amava cada parte de Hermione, principalmente seus olhos. Helga, eles tinham aquele calor e suavidade que faziam Deanna se sentir como se estivesse derretendo em uma poça. Deanna descobriu que tinha sentimentos por Hermione Granger, mas temia que a Grifinória não os retribuísse. Havia muitas pessoas maravilhosas por aí, como Ron, Neville, Ernie ou outros. Eleanor mencionou uma vez que achava que havia algo acontecendo com Ron e Hermione...
— Mione? — disse Deanna de repente.
— Sim?
— V-você gosta do Ron? — murmurou Deanna baixinho.
Hermione ficou surpresa com suas palavras, mas decidiu provocar a garota. — O que ?
— V-você gosta do Ron? — perguntou Deanna um pouco mais alto dessa vez.
— O que?
— Eu disse... — Deanna parou de falar quando olhou para cima e viu Hermione sorrindo para ela. Ela cruzou os braços e fez beicinho de novo como uma criança pequena. — Você me ouviu da primeira vez.
Os olhos de Hermione suavizaram e ela segurou o rosto da Lufa-Lufa para fazê-la olhar nos olhos de Hermione. — Eu não.
— Não o quê?
— Não gosto do Ron. Ou de qualquer outra pessoa. — os olhos de Deanna se arregalaram, mas ela não conseguiu evitar o sorriso que se espalhou em seu rosto com as palavras de Hermione. Ela tinha uma chance com a garota na frente dela.
— Isso é um alívio. — Deanna murmurou. Suas bochechas coraram quando ela percebeu que tinha dito isso em voz alta. A respiração de Hermione engatou e seu coração começou a bater mais rápido. Ela e Deanna se encararam, ambas com as bochechas coradas. Deanna olhou para baixo primeiro. — Eu...
— Aqui está seu leite e cachorro-quente, Deanna. — Harry e Ron entraram e as duas garotas se afastaram uma da outra, ambas ainda corando loucamente.
— O-obrigada, Harry, Ron. — disse Deanna. Ela pegou os cachorros-quentes e o leite deles e os engoliu alegremente. Hermione observou de lado enquanto Harry e Ron riam da piada de Deanna. Ela se lembrou das palavras de Deanna: "Isso é um alívio." O que isso significava? Deanna também gostava dela? Ela talvez gostasse de Hermione também?
Deanna piscou para ela de repente, e todos os pensamentos saíram voando da cabeça de Hermione, e ela começou a rir junto com eles quando Deanna contou a eles sobre algo que ela tinha feito com Pirraça antes. Hermione sorriu largamente para a garota. Isso era o suficiente. Estar ao lado dela e vê-la sorrir. Era tudo o que Hermione precisava.
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